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O que se passa no coração do desviado

  • A. W. Tozer
  • 17 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

O que acontece com alguém cujo coração está se desviando? Inicialmente, começa a perder o interesse pelos assuntos de Deus e a voltar pouco a pouco aos seus hábitos antigos, praticando pecados mais complexos que os de antes. Aos poucos, perde o interesse pelo Senhor. Seu coração já não é mais tão ardente quanto a algumas semanas, meses ou anos, e o seu amor por Deus está se esfriando.


Isso significa que está perdendo o interesse pela comunhão com o Senhor. Se você não está indo tão bem quanto antes, posso dizer-lhe com honestidade que você é um desviado de coração. Se, antes, você amava orar, deveria fazê-lo da mesma forma hoje. Todavia, se não é como antes, a que outra conclusão podemos chegar?


Se um médico pedir um hemograma completo e descobrir que o número de células sanguíneas do paciente está muito abaixo do normal, o que ele deve fazer? E ainda, se tornar a pedir outros exames e descobrir que a saúde do indivíduo está mesmo comprometida, o que ele deve dizer? Certamente, o doutor não cumprimentará o paciente, dizendo: “Encontro você no campo de golfe no sábado. Está tudo bem”. Quão tolo seria esse médico, além de trair sua profissão! Há somente algo a se fazer. Ele precisa declarar suas descobertas e dizer: “Amigo, você não está tão bem quanto imaginava. Agora você precisa me escutar”. Então o médico prescreverá sugestões para que o paciente melhore sua saúde. O ponto principal é que, após realizar alguns exames, o médico comunique ao paciente, honestamente, que há um problema.


Desviar-se é perder a comunhão individual com Deus. Leia um velho hinário e você verá como os autores amavam ter esse relacionamento, muito aprazível a eles, com o Senhor. Fazemos tanto hoje em dia, que tudo nos distrai e toma todo o tempo que teríamos para estar unidos ao Pai, descansando diante Dele.

O desvio reside no interior, os demais aspectos são apenas ferramentas externas do diabo. Quando o coração de um homem está desviado, o mesmo costuma ficar um pouco entediado, ou, ainda, se quando está tomando um café ou um refrigerante com um pequeno grupo de amigos você se sente um tanto enfadado ou envergonhado quando alguém começa a falar de Deus, é melhor olhar para o próprio coração. Se conversar sobre o Senhor, sobre a Sua Palavra e a Sua obra no mundo começa a nos entediar, certamente estamos errados por dentro.


Para ser o mais honesto e realista possível, devo dizer que alguns indivíduos são chatos religiosos. Eles têm um jeito de introduzir a religião nas situações mais inapropriadas e fazem isso porque criaram esse hábito, não há sinceridade ou espontaneidade, agem apenas porque foram treinados assim, conforme uma foca adestrada. Contudo, se você fica entediado ou envergonhado quando um cristão sincero e alegre começa a falar de Deus, você está do lado errado. Se consegue sentir-se enfadado com uma conversa espiritual (não estou falando de uma ladainha religiosa que entediaria qualquer um), há algo errado com o seu coração. O melhor a se fazer é admitir e reconhecer isso diante do Senhor.


Outro sintoma diz respeito à presença de um espírito crítico com relação à maioria dos pregadores. Se não for um Billy Graham, alguns preferem não ouvir ninguém. Quando um homem comum, bom e honesto sobe ao púlpito e traz uma mensagem simples, com alguns tropeços, mas que fala de Deus e de Seus aspectos, eles dizem: “Ah, ele é só mais um”. Essas pessoas vão à igreja em pequeno número, mas não demonstram zelo ou entusiasmo algum, a menos que se trate de um pregador extraordinário. Quero dizer que poderíamos muito bem ser humildes e escutar qualquer um que tenha algo a declarar. Devemos orar do seguinte modo: “Deus, dê-me um coração tão sensível, a fim de que eu possa ser ajudado por qualquer pessoa“. Não estou falando em ser amparado por pregadores hipócritas e fingidos, ninguém pode ser ajudado por eles. Não busco o auxílio do qual preciso no diabo, mas, sim, em qualquer homem de Deus honrado.


Precisamos ter cuidado para não nos tornarmos profissionais demais e não desenvolvermos a tendência de criticar, sem piedade, as pessoas. Se a questão é tentar fazê-lo melhorar, é outro assunto. Se a tentativa está em elevar o padrão – estimular as pessoas a escrever, pregar, orar, obter melhor eloquência e ajudar o novo coral a elevar os seus padrões -, isso é perfeitamente apropriado. No entanto, se o desejo está apenas em censurar, não faço questão de ouvir. Se alguém escreve ou canta e é verdadeiro, então, meu coração deve aquecer-se com a sua sinceridade se eu não estiver desviado.


 
 
 

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